Pressão Arterial: o que é?
A pressão arterial representa a força(pressão) exercida pelo sangue contra as paredes arteriais durante um ciclo cardíaco.(McArdle 2003)
Hipertensão arterial é o termo clinico que descreve a condição na qual a pressão arterial encontra-se cronicamente elevada, acima dos valores apresentados pelo indivíduos normais e saudáveis.(Wilmore 2001)
Apenas dois terços dos hipertensos têm conhecimento de sua doença, com apenas metade sendo tratada e apenas uma quarta parte tendo sua pressão arterial sob controle. A cada ano, outros 2 milhões de pessoas de tornam hipertensas. Um individuo sob medicação para hipertensão ainda é classificado como hipertenso, até mesmo quando a pressão arterial permanece dentro da variação normal. Sem correção, a hipertensão costuma resultar em insuficiência cardíaca congestiva, doença renal, infarto do miocárdio ou acidente vascular cerebral. (McArdle 2003)
A pressão arterial deve ser checada periodicamente, pois a hipertensão progride sem ser reconhecida por muitos anos. As estratégias de prevenção efetivas aplicam modificações no estilo de vida – atividade física regular, perda ponderal moderada, controle do estresse, abandono do fumo, consumo reduzido de sódio e álcool e ingestão adequada de potássio, cálcio e magnésio.(McArdle 2003)
PRESSÃO ARTERIAL SISTÓLICA
A pressão arterial sistólica, a mais alta das mensurações da pressão, ocorre durante a contração ventricular(sístole) quando o coração impulsiona
Em repouso, nos indivíduos normotensos, a pressão mais alta gerada pelo coração é, em média, de
A pressão sistólica normal em um adulto varia entre
PRESSÃO ARTERIAL DIASTÓLICA
A pressão arterial diastólica representa a pressão mais baixa alcançada durante o relaxamento ventricular. Ela indica a resistência periférica, ou a facilidade com que o sangue flui das arteríolas para dentro dos capilares. Com uma alta resistência periférica, a pressão dentro das artérias após a sístole não se dissipa rapidamente, pelo contrário, continua elevada durante uma grande parte do ciclo cardíaco.
A pressão diastólica varia entre
Classificação da Pressão Arterial em Adultos | ||
Sistólica (mm Hg) | Diastólica (mm Hg) | Categoria |
<120 | <80 | Ótima |
<130 | <85 | Normal |
130 – 139 | 85 – 89 | Alta-normal |
140 – 159 | 90 – 99 | Hipertensão no estágio 1 |
160 – 179 | 100 – 109 | Hipertensão moderada |
180 – 209 | 110 – 119 | Hipertensão grave |
> 210 | 120 | Hipertensão muito grave |
COMPORTAMENTO DA PRESSÃO ARTERIAL A DIFERENTES TIPOS DE EXERCÍCIOS
- Exercícios de Resistência
O exercício que gera tensão, particularmente durante a fase concêntrica ( de encurtamento) ou estática da contração muscular, comprime mecanicamente os vasos arteriais periféricos que irrigam os músculos ativos. Consequentemente, na tentativa de restaurar o fluxo sangüíneo muscular, ocorre um aumento substancial na atividade do sistema nervoso simpático, no debito cardíaco e na PAM(Pressão Arterial Média). A magnitude da resposta hipertensiva se relaciona diretamente com a intensidade do esforço e com a quantidade da massa muscular ativada. As respostas hemodinâmicas agudas ao exercício de resistência parecem ser semelhantes em adultos jovens e mais velhos porém sadios.
Estudos também mostram que o exercício que ativa uma grande massa muscular e que requer uma sobrecarga muscular relativamente grande induz aumentos bastante dramáticos na pressão arterial.
Na atividade de resistência, que envolve uma massa muscular grande, a pressão arter
ial sistólica aumenta em proporção direta ao aumento da intensidade do exercício. Uma pressão sistólica que começa com
te da sua intensidade.
- Exercício
Durante a atividade muscular rítmica (p.ex.,trote,natação,ciclismo), a vasodilatação nos músculos ativos reduz as resistência periférica total, aumentando assim o fluxo sangüíneo através de grandes segmentos da arvore vascular periférica. O maior fluxo sangüíneo durante o exercício rítmico em estado estável eleva rapidamente a pressão sistólica durante os primeiros minutos do exercício.A seguir, em geral a pressão arterial se estabiliza em
à medida que as arteríolas ns músculos ativos continuam se dilatando, reduzindo ainda mais a resistência periférica ao fluxo sangüíneo. A pressão diastólica se mantém relativamente inalterada durante todo o exercício.
Após a elevação rápida inicial em relação ao nível de repouso, a pressão sistólica aumenta literalmente com a intensidade do exercício, enquanto a pressão diastólica se mantém estável ou cai ligeiramente para os níveis mais altos de exercício. Tantos os indivíduos sedentários quanto os treinados em endurance demonstram respostas semelhantes da pressão arterial.
- Exercício Realizado com os Membros Superiores
O exercício realizado com os braços produz pressões sistólica e diastólica consideravelmente mais altas que os exercícios realizados com os membros inferiores para um determinado percentual do VO2max. Isso ocorre porque a massa muscular e a arvore vascular dos membros superiores de menor porte oferecem maior resistência ao fluxo sangüíneo de maior porte dos membros inferiores. Para os indivíduos com disfunção cardiovascular, essas observações apóiam o uso o exercício que requer grandes grupos musculares, como marcha, ciclismo e corrida, ao contrario do exercício, que utiliza uma massa muscular limitada, como ativar uma manivela com os braços.
O exercício realizado com os segmentos superiores do corpo para treinar os pacientes com doença cardíaca coronariana requer que os níveis apropriados do exercícios sejam determinados pela resposta da pessoa ao exercício realizado com os braços e não da prescrição de um teste com estresse com base no ciclismo ou na corrida.
- Exercícios para Treino de Força
De acordo com Fleck e Kraemer, a maioria dos relatos mostra atletas de força altamente treinados que obtêm pressões arteriais sistólicas ou diastólicas em repouso médias ou abaixo da média. Contudo, estudos longitudinais de curto tempo ( de
As pressões sistólica e diastólica aumentam substancialmente durante o desempenho do exercício dinâmico de força pesada. Outra questão interessante é que de acordo com o número de repetições e a forma de execução o comportamento da pressão também pode variar. Onde a maior pressão ,geralmente, é atingida nas últimas repetições e na fase concêntrica.
Segundo Fleck, anormalidades na função diastólica são associadas com a hipertrofia cardíaca em virtude de hipertensão e doença cardíaca valvular.
Comportamento da Pressão Arterial na Recuperação
Após completar um exercício submáximo, a pressão sistólica cai temporariamente abaixo dos níveis pré-exercício para os indivíduos tanto normotensos quanto hipertensos. Uma explicação para a hipotensão pós-exercício propõe que uma quantidade significativa de sangue permanece estagnada nos órgãos viscerais ou nos membros inferiores durante a recuperação também pode contribuir para a resposta hipotensa. A liberação do hormônio peptídico natriurético atrial, que é um poderoso vasodilatador, não é responsável pela hipotensão pós -exercício. As observações de redução pós-exercícios significativas na pressão arterial proporcionam um apoio adicional para o exercício moderado como tratamento não-farmacológico de hipertensão. Reduções relativamente prolongadas da pressão arterial pós-exercícios justificam as recomendações de múltiplos períodos de atividade física entremeados durante o dia inteiro.
Referências:
MCARDLE, William D.; KATCH, Frank I.; KATCH, Victor L.. Fisiologia do exercício: energia, nutrição e desempenho humano. 5. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan
SIMÃO, Roberto. Fundamentos fisiológicos para o treinamento de força e potência. São Paulo: Phorte, [2003]
WILMORE, Jack H.; COSTILL, David L.. Fisiologia do esporte e do exercício. 2. ed. Barueri, SP: Manole
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